Quando o cinema é uma experiência que nos leva além da tela.

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é uma experiência imersiva, interativa e multidisciplinar em todos os aspectos. Filmes produzidos em todo o mundo desembarcam na capital paulista, desvairando ainda mais a Paulicéia com uma rica diversidade de temas, estilos e público. Observando o festival do ponto de vista da Experiência do Usuário, podemos identificar elementos do universo do UX tanto na organização da Mostra como em sua plateia: o design de experiência está presente na compra de ingressos, nas filas e tratamento ao público, além do conforto das salas e dos próprios filmes; a forma como parte de seus frequentadores se organizam para encarar as duas semanas em que a Mostra fica em cartaz, são autênticos exemplos de pesquisa, design thinking e design sprint; o site e o aplicativo do festival nos trazem a experiência da usabilidade, assim como o design de serviços está nas formas de venda de ingressos, no trabalho das dezenas de voluntários que orientam o público durante as sessões, nas legendas eletrônicas e qualidade das salas de exibição – que, já nas filas, transformam-se em plataformas de interação entre os mais diversos públicos, personas que encaram a Mostra das mais diversas maneiras.  

Neste artigo, a DUXcoworkers convidou três frequentadores do maior festival de cinema do país para relatarem suas experiências e percepções ao longo das duas semanas de intensa imersão no universo da sétima arte, diferenciados pelas formas como encaram o festival, se aprofundam no conhecimento sobre cinema e vivem sua paixão pela sétima arte. 

Desligue seu celular, ajeite-se na poltrona que esta viagem pela Mostra Internacional de Cinema já vai começar.

 

Me leva que eu vou

Alexei José, low user

 

Numa época em que as locadoras de vídeo eram a única esperança para quem procurasse filmes que fugisse do circuito comercial hollywoodiano, a Mostra pra mim sempre foi uma espécie de carnaval cinematográfico com foliões e sambas-enredos de todo tipo. E como um sambista de meia pataca que sou, jamais me preocupei em conhecer as marchinhas, pulando aleatoriamente de um bloco a outro com o coração aberto às paixões, decepções, encontros furtivos e divertidas incursões com os amigos e amigas por avenidas, alas e baterias que, nota ou dez ou fora do compasso, jamais passaram despercebidas.

Não sou um cinéfilo. Longe disso. Gosto muito de cinema, arrisco-me a rabiscar argumentos e roteiros e tenho meus filmes preferidos, roteiristas, diretores e atrizes e atores preferidos. Mas, salvo essa meia dúzia de exceções, desconheço nomes, datas de lançamento, festivais importantes ou quem ganhou o Oscar do ano. Porém não me furto a falar do assunto e dar um ou outro pitaco nas opiniões alheias. Não tenho preconceitos quanto às produções comerciais nem com quem come pipoca durante as sessões, mas não suporto os tagarelas das salas que insistem em conversarem durante as sessões. 

Não ter uma escola do coração ou os enredos nota dez na ponta da língua, vá lá. Mas atravessar o samba é demais.

 Na feirinha da Pavuna

Embora assista e goste de várias produções de Hollywood, adoro histórias e narrativas que fogem do comum. Não que a experimentação independente cinematográfica me agrade incondicionalmente, mas tenho uma estranha atração por produções estranhas e de certa forma bizarras. Entre meus filmes preferidos, há vários que não entendo até hoje. Um deles, assisti com um amigo que não via há muito tempo. A cerveja e o papo sendo posto em dia numa calçada da Rua Augusta foi interrompida pela ideia de pegar um filme qualquer da Mostra. Alimentada pela saudade, a conversa só parou quando a sessão começou. E não voltou mais: o filme era tão doido que saímos do cinema mudos. A absurda história tinha uma estrutura narrativa tão maravilhosamente estranha que, apesar de nada entendermos sobre o que assistimos durante quase duas horas de projeção, ela nos abduziu de um jeito que não trocamos mais uma palavra por todo o caminho de volta pra casa.

Esse tipo de sensação não é coisa rara pra mim na época da Mostra: meu critério de escolha dos filmes volta e meia me leva às salas vazias, com produções vindas de lugares improváveis cujo roteiro, direção e elenco trazem nomes absolutamente desconhecidos da maioria das pessoas, inclusive para alguns cinéfilos. Pra mim então, nem se fala.

Na Mostra, busco a surpresa. Salvo os horários e salas de exibição, não procuro qualquer informação sobre os filmes – que acesso depois da sessão, seja para buscar outros trabalhos dos seus autores e elenco, seja para evitá-los a todo custo.

Meu método de escolha pode parecer uma grande confusão. E é mesmo: filmes de países sem qualquer tradição cinematográfica, misturas inusitadas na nacionalidade da produção (Uruguai, China e Nova Zelândia, por exemplo), títulos que me agradam (ou causam estranhamento), cartazes que acho legais e a ausência de filas para comprar ingressos ou entrar nas salas são diferenciais que fazem toda a diferença no momento em que estou me ajeitando para pegar a telona. Sei que assim, perco aqueles que são considerados os melhores filmes do festival e assumo que sou um picareta no que tange ao planejamento.

Mas me divirto horrores com o que vejo.

 

O X do problema

Este ano, vive outro momento marcante na minha na minha história no festival. na casa de uma amiga, fui incumbido de escolher um filme para assistirmos juntos. O Cine Belas Artes era a opção mais próxima de onde estávamos, de modo que limitei nossas opções àquela sala. Definido o lugar, passei a ler os títulos em voz alta, dividindo a responsabilidade da iminente roubada com minha amada amiga. Os títulos foram se sucedendo até que “Quem roubou meu sutiã?” brilhou nossos olhos, Para me certificar de que aquela seria a melhor escolha, busquei a origem da produção e não nos restou qualquer dúvida: Alemanha e Azerbaijão dividiam os créditos daquela película que tinha tudo pra ser… qualquer coisa. 

Comprei os ingressos pelo aplicativo, tomamos mais algumas cervejas e fomos para o Belas Artes. Lá, a primeira surpresa da noite: o sistema da bilheteria não acusava minha compra. Diante minha discreta indignação (dramas mexicanos não são meu gênero preferido), o atendente muito educado pediu meu celular para tentar solucionar o mistério. Foi quando um riso de canto de boca, quase imperceptível, surgiu em sua boca:

-Senhor, esta sessão não é hoje.

Ri com o amável atendente, mas minha não achou tanta graça assim. Vale dizer que ela não costuma encarar com bom humor erros idiotas. Engoli o riso e estabeleci a feição mais séria e responsável que consegui. Eu precisava conter a bronca que estava doidinha pra me dar uma coça.

-Tem outro filme da Mostra agora?

-Sim.

-Qualé?

-Papicha.

Papicha. Tudo bem que eu sou desses que me aventuro pelo desconhecido mundo dos filmes esquisitos, mas aquele nome me soava como uma produção boba e infantil. Na verdade, achei que a grafia da película era Papixa, entende? O desdém foi inevitável e estampou minha cara com tamanha força que só ouvi o tom de voz severo de minha amiga:

-Vai ser Papicha mesmo, ô vacilão.

Refém de meu próprio método de escolha, não tive saída:

-Dois, por favor.

Entrei na sala já esperando pelo fim do filme. Não via possibilidade de um filme com aquele nome ter algo de aproveitável. Mas a Mostra Internacional de cinema tem um talento todo especial de inverter o correr da história em narrativas repletas de twists e acontecimentos quase fantásticos: Papicha foi um dos filmes que mais gostei de ter assistido em todos os festivais que compareci. Ele trata de uma… não. Sei que a Dani a assistiu em outra sessão e certamente vai expor suas impressões sobre a trama.  A mim, cabe dizer que de X, Papicha não tem nada.

 

Porta Bandeira

Três ou quatro dias depois voltamos, eu e minha amiga, ao Belas Artes para enfim assistir ao “Quem roubou meu sutiã?”, o filme que realmente havíamos escolhido. E mais uma vez, adoramos o que vimos. Leve e divertido, sua trama é uma versão inteligente e curiosa de Cinderela, clássico do Walt Disney, onde o príncipe encantado é um idoso maquinista cuja rotina é quebrada por um sutiã que se enrosca na locomotiva, levando-o a uma jornada em busca da dona da lingerie que, certamente, jamais calçou sapatinhos de cristal.

   

A Monstra e eu

Daniela Pintão, light user

Era o ano de 1995 e eu tinha acabado de chegar a São Paulo. Junto à amplitude que meu mundo ganhara com a mudança para a metrópole e o início da faculdade, descobri a Mostra e, com ela, o cinema para além dos países mais óbvios, a Mulher-Vaca, o mundo particular dos cinéfilos e todo o rico e peculiar universo que envolve o festival.

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo foi criada por Leon Cakoff em 1977 para comemorar os 30 anos do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Como programador de cinema do Museu, ele já vinha trazendo obras de diferentes países e de difícil acesso ao público. Com um festival estruturado, Cakoff pôde consolidar a diversidade de temas e nacionalidades, além de ganhar fôlego para enfrentar a censura imposta pelo regime militar e trazer obras inéditas de países como Cuba, União Soviética e China. Dizem que usou até malas diplomáticas para conseguir trazer os rolos “subversivos” para o Brasil. 

Esta pluralidade e liberdade de curadoria, além da incontestável qualidade dos títulos, é uma das características mais marcantes da Mostra. Cakoff morreu em 2011 e sua esposa, a cineasta Renata de Almeida, assumiu a missão. Uma mesma edição pode exibir filmes do Cazaquistão, Singapura, Macedônia e Nicarágua, sem falar das produções europeias, americanas, asiáticas, africanas, latino-americanas, iranianas, australianas, neozelandeses – o tabuleiro inteiro do War está lá!

É um mergulho em universos muito diferentes, um passeio por culturas, visões de mundo, abordagens cinematográficas e narrativas tão distintas umas das outras que você termina a empreitada com a sensação de ter agarrado e engolido o mundo em um período de 15 dias (e de que vai passar o resto do ano digerindo tudo aquilo).

A Monstra

É como uma amiga e eu chamamos a bichinha, tamanha a quantidade de filmes condensados em duas semanas de festival. No ano de 2005, uma de suas maiores edições, chegou a trazer 405 títulos. 

Nos últimos anos, com crises econômicas e perda de patrocínios e subsídios, os números diminuíram, mas ainda impressionam: em 2019 foram 328 filmes, de 65 países, em 1115 sessões distribuídas em 34 salas de 21 locais, entre cinemas, espaços culturais e museus espalhados pela cidade, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre. 

É então que a Monstra apresenta suas garras: como escolher o que ver?

Do critério de escolha

Este é um capítulo à parte. Ao longo dos anos, tive diferentes fases e critérios, dos mais estapafúrdios e livres aos mais estudados e organizados. 

Nos primeiros anos, com minha mais antiga companheira de Mostra – a mesma que a apelidou de Monstra – saíamos da faculdade direto para o cinema. Como ela também trabalhava como monitora no festival, ia pegando as dicas e, assim, víamos as indicações dos insiders.

Quando começamos a trabalhar durante o dia e estudar à noite, matávamos a última aula e corríamos para ver o que desse, sempre nas últimas sessões. Nessa época, ganhei meu segundo mais antigo companheiro de Mostra, também estudando à noite, também trabalhando e também com o mesmo espírito aventureiro. Alguns anos depois, com este amigo, seguíamos outro critério: filmes de países improváveis, com sinopses esquisitas e títulos bizarros. Ganhavam pontos as coproduções inusitadas, tipo “Alemanha, Nigéria e Azerbaijão”.

As surpresas eram muitas – dos tesouros inimagináveis que não teríamos nunca escolhido espontaneamente ou tido a oportunidade de ver de outro modo (porque aquilo jamais seria distribuído comercialmente), aos filmes que julgávamos os piores já vistos na história do cinema. Tudo aleatório e seguido de resenhas intermináveis limitadas a nós mesmos. 

Veio, então, a fase da tabela do Excel. Funcionava assim: alguns amigos, frequentadores assíduos, fazem (até hoje) tabelas baseadas em críticas, premiações internacionais e comentários especializados em geral. Depois, cruzam títulos e horários e fazem um “tabelão” super claro e organizado que eu jamais seria capaz de elaborar. Munida destas tabelas generosamente compartilhadas por eles, ia escolhendo o que ver.

Comparada aos habitués do festival, eu sou uma light user – não compro permanente, raramente faço maratonas diárias, não perco o humor se perder uma sessão e, especialmente, nunca, jamais, never briguei com o cinéfilo ao lado por causa de ingresso (juro que já presenciei rinhas ferozes).

Nos últimos anos, tento ver um filme por dia; algumas vezes, dois. Este ano vi 14 filmes de 11 países diferentes. 

O critério atual é o tudo-junto-e-misturado dos anos anteriores. O que mais uso é o de países ou coproduções improváveis, com chance mínima de entrar em cartaz. Cineastas que gosto e dificilmente são exibidos comercialmente. Sinopses absurdas também me interessam, especialmente de documentários. Indicações via troca intensa de mensagens ao longo da Mostra. E, claro, ainda consulto as tabelas e listas maravilhosas dos amigos e ainda gosto de chegar sem mais nem porquê e entrar em uma sessão sem perguntar o nome do filme pra ver no que vai dar. 

Zeitgeist

A Mostra é também uma vitrine do que está acontecendo no cinema em termos globais e o retrato de um momento ou de uma época. Claro que o cinema e as artes em geral sempre fizeram isso. Mas ao juntar em um único evento cineastas, países e obras tão diversos, é como se o humor do mundo ficasse mais evidente e nossas angústias e reflexões encontrassem espelho. 

Nesta última edição, vi três filmes que são um bom exemplo disso. “Papicha” (Mouna Meddour, 2019), indicado pelo Alexei, é um filme argelino, realizado por uma mulher, sobre uma estudante que resiste a um conservadorismo cada vez mais radical durante a guerra civil na Argélia. “Filhos da Dinamarca” (Ulaa Salim, 2019) é um filme dinamarquês de um cineasta estreante, uma distopia sobre radicalização política e tensões étnicas. E “O Jovem Ahmed” (Jean-Pierre e Luc Dardenne, 2019), um filme belga dos veteranos irmãos Dardenne sobre a radicalização religiosa de um garoto muçulmano em uma família multiétnica.

Três olhares distintos, narrativas completamente diferentes, países díspares. Todos apontando para o mesmo lugar: a onda de conservadorismo e o processo de radicalização política, religiosa, social e econômica que vêm se instalando no mundo. 

Mulher-Vaca

Nos primeiros anos em que frequentei a Mostra, a Mulher-Vaca era presença garantida. Ganhou esta alcunha porque tinha o corpo tatuado com manchas no melhor estilo vaca malhada. Ela e minha professora de Introdução aos Estudos Clássicos, que parecia um personagem de HQ saído da Grécia Antiga, eram minhas cinéfilas preferidas, as mais esquisitas e estilosas de todo o festival. Eu ficava sempre por perto, tentando escutar a conversa delas, sem entender metade do que diziam e desconfiada de que nem elas próprias se entendiam muito bem. Não as vejo há muitas edições, mas continuam insuperáveis.

Os horários vespertinos são os melhores para encontrar os tipos mais excêntricos. Confesso que já menti pra chefes, amigos e afins pra poder ir ao cinema às três da tarde, horário nobre da fauna e flora, quando se encontram senhôuras maravilhosas de All Star e cabelo roxo, cinéfilos de todas as espécies e mentirosos como eu.

Este ano, em uma destas tardes, conheci M., uma senhora que levava uma mochila de oncinha e era carinhosamente tratada pelo nome pelos funcionários do Cinesesc. M. (claro que não vou divulgar seu nome) resolveu elencar para mim os filmes que tinha visto até então. Basicamente, tinha odiado todos os títulos aclamados pela crítica especializada. Mas tentou me salvar me passando uma lista escrita à mão em um pedaço de papel amassado com filmes que “eram bons de verdade”. Não vi nenhum, mas me apaixonei por ela na mesma hora.

Em outra, comprei ingresso para dois desconhecidos que entraram em pânico ao saber que a bilheteria só estava aceitando dinheiro. Não trocamos telefones nem combinamos quando ou como iriam me pagar. Um foi ao banco sacar dinheiro e voltou com o pagamento e um bombom.  A outra me convidou para a sessão seguinte, em outro cinema, para ver o filme dos irmãos Dardenne, cujos ingressos estavam esgotados, mas ela tinha um sobrando. Menti mais uma vez para o mundo e passamos a tarde juntas vendo filmes.

A jornada da cinéfila

Tatiana Tosi, heavy user

Convido a vocês embarcarem comigo na viagem que é viver a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo  e entender o quelea significa para mim que percebe a cultura a lhe permear sob todos os âspectos. 

Tudo começa uma semana antes das primeiras sessões com a montagem da Central da Mostra em frente à Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. Neste primeiro movimento, são abertos panoramas e realidades que serão abordados no festival, catálogos são postos à disposição do público, assim como os souvenirs que vão de canetas às bolsas. Mas a grande estrela da véspera do início oficial da Mostra  é a venda dos pacotes de ingressos  que permitem o amplo usufruto dessa  jornada pelas diversas salas de exibição da cidade. Mas a Mostra vai além das projeções e oferece a oportunidade de encontrarmos amigos, conhecer gente nova, ler e compreender as críticas fno melhor estilo on the go. Esse ecossistema cinematográfico permite que todos os filmes tenham uma sensação única e particular, um convite à reflexão que o circuito comercial geralmente não oferece.

Neste ano, dediquei-me à escolha dos filmes levando em conta a convergência dos temas: refugiados, população LGBT, o olhar árabe sobre o cotidiano, o aumento do nacionalismo, o significado do sagrado para diferentes povos, a nova geração (tanto na infância como na adolescência), a ideia do que é ser um expatriado em um mundo tão globalizado e o significa de se ter uma identidade na realidade da pós-verdade. 

Acredito que o cinema seja um exercício contínuo que  nos coloca no lugar do outro, possibilitando o  entendimento da atualidade a partir da perspectiva dos diversos conflitos que acontecem ao nosso redor. Além de conhecer comunidades que transformam sua jornada diária em um exemplo de luta contra a invisibilidade social estavelecida pela definição de padrões aos quais muitas pessoas não se encaixam.

Neste artigo, convido você a entender como uma população LGBT  “Gay Chorus Deep South” nos propõe uma viagem imersiva aos mais tradicionais rincões americanos, chegando ao Missouri e Louisiana. O coro tem como propósito educar, reunir familiares que deixaram seu relacionamento de lado, paraintegrar uma comunidade que respeita e acolhe o diferente e o diverso. 

A diversidade traz consigo movimentos importantes de humanização onde preconceitos significam a reclusão, a depressão, a estigmatização da liberdade, a fragmentação, os laços desfeitos ao longo dos anos e a busca por um lugar que os aceite – como São Francisco,, uma cidade que não estende o olhar vigilante sobre a diversidade. 

Para encerrar minhas reflexões sobre a Mostra Internacional de Cinema, convido você a acolher e compreender  o novo. Ele nos  oferece percepções aos quais não estamos acostumadas, mas que têm a capacidade de nos conectar a conflitos e realidades a partir de fragmentos culturais de diversas partes do planeta. O medo aflige quem não tem conhecimento e às vezes as soluções que julgamos estarem distantes de nossas de nossa realidade, podem estra em nossa própria comunidade.

 

Você também
pode gostar de: