Aprendizado Colaborativo: alinhamento de perspectivas

A nossa vida como cidadãs e cidadãos se passa, em geral, em 4 áreas que representam agrupamentos sociais: a casa em que vivemos, com a famíliaa escola, com colegas e todo o ecossistema escolar [professores, coordenadores etc.];  o comércio e o trabalho, com os demais cidadãos e seus fluxos de gerar e recolher valor; e o espaço público, sob responsabilidade da gestão municipal. Embora a maioria das  cidades sejam formadas por  estrutura semelhante, raramente realizam ações de forma colaborativa  ou atuam num sistema de cooperação. Mas veio a pandemia, que mostrou a todos o quanto a colaboração é importante.

Agora, iniciaram o processo de implementação nas 3 escolas da cidade, da metodologia do Sistema de Aprendizado Colaborativo. Porém, para que tudo corra realmente bem é preciso que toda a cidade colabore. E que todas as perspectivas sejam atendidas.

 

Aprendizagem do Usuário, uma Experiência Colaborativa

Criada pelo filósofo norte americano John Dewey, essa Metodologia de ensino  baseia-se  na interação, colaboração e participação ativa dos alunos, que, juntos, descobrem a matéria a aprender e todos a entendem, aprendendo e contribuindo uns com os outros. O professor os guia na jornada, incentivando a interação entre eles. Para Dewey, “o aprendizado se dá quando compartilhamos experiência num ambiente democrático, sem barreiras ao intercâmbio de pensamento” e também que estejamos numa real situação de experimentação, que haja um problema a resolver, que tenhamos  os conhecimentos para agir, diante da situação, e a chance de trocar e testar as ideias para encontrar soluções ou caminhos. Isso não lembra pesquisa-teste-prototipagem-performance, o ciclo de produção da DUXcoworkers?

 

Perspectivas em alinhamento

Todos que interagem com alunos, no ambiente urbano, seja de sua família, do espaço público, do trabalho e do comércio, devem participar da experiência do Aprendizado Colaborativo. Por exemplo, a minha perspectiva é gerar mais conhecimento, conhecimento novo, dentro desse ecossistema. E ter espaço para que haja uma troca, na qual eu gero e entrego conhecimento, mas também o absorva a partir de outros conhecimentos, novos conhecimentos, possíveis apenas a partir da colaboração e das interações dentro deste espaço cooperativo.

 

Perspectiva: gerar mais conhecimento 

Cada interação é um potencial gerador de dados. Mas de quantos dados preciso? Muitos. Interações são pontos em que a troca de informação gera o debate e a descoberta. Para dar escala a essas interações colaborativas e ter dados suficientes para gerar conhecimento, a tecnologia digital pode gerar dados e potencial de pesquisa. E o que é a pesquisa se não aprendizado?

 

Perspectiva: Inclusão Digital

Vemos o UX como forma de gestão de cultura de inovação centrada no usuário. A colaboração com métricas de performance para a escola pode torná-la mais inclusiva e colaborativa frente à interatividade, à digitalização das cidades, e à formação de cidadãos na Era da Informação  

 

Perspectiva: Cidadania Digital

A formação de jovens questionadores dá segurança à postura diante de uma discussão. Ele se sentirá mais seguro para exigir sua cidadania digital. A negociação, por exemplo, com relação ao uso de seus dados pessoais, será completamente diferente da que temos hoje. Com uma formação intelectual que é mais aprofundada, ele trará convicções mais estruturadas e estará ciente de seus direitos: privacidade, propriedade de dados e uso indevido.

 

Perspectiva: Colaboração na Educação

Vemos o UX como forma de gestão de cultura de inovação centrada no usuário, Colaboração na Educação. Em nosso próximo UXcoffee Live, vamos discutir os possíveis caminhos para  a educação colaborativa. O evento é online e gratuito, terá como mediadora Melina Alves, sócia e fundadora da DUXcoworkers, e  contará  com as participações de:

 

Cecília Garcia Marcon, Mestra em Sociologia da Educação (UNICAMP), Graduada em Letras e Linguística, Especialista em Gestão e Produção de Jornalismo (PUC-CAMP), Professora de Literatura, Podcaster no 30:MIN, um dos principais podcasts de literatura do país e vice-coordenadora do Cursinho Popular Marielle Franco;

 

Francisco José Nunes, Mestre em Ciências Sociais (PUC-SP), Graduado em Filosofia, Professor na Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) e coworker DUX; 

 

e Milene Massucato, Pós-graduada em Psicopedagogia, Graduada em Letras e Pedagogia, Especialista em aprendizagem significativa, Produtora de Conteúdo sobre Educação, Professora e Autora do diiirce.com.br.

 

Perspectiva: pessoas e trabalho, economia e tecnologia, cidades inteligentes.

O encontro tem o propósito de promover um diálogo, a partir de diferentes perspectivas, sobre o papel da cidade como agente transformador de seus cidadãos. Por meio  da escola, mais presente e atuante no espaço público, e que se torna uma ferramenta ativa para mudar a sociedade e o próprio centro urbano, com iniciativas de mão dupla, na qual a cidade impacta e é impactada pelas consequências de sua ação. Com a escola imersa na cidade, a urbe se torna uma extensão do aprendizado. Ela ensina e recebe informações para consolidar uma administração participativa.  A cidade se desenvolve com inteligência, a sociedade se integra no fortalecimento de princípios como a cidadania, a ocupação do espaço público, o pertencimento à cidade desde a relação entre vizinhos, e a responsabilidade de uma gestão participativa junto ao poder público. De um lado, o apoio da tecnologia inclusiva, de outro a sustentabilidade da economia circular, criativa, colaborativa, que se baseia num mercado de trabalho em recuperação, abalado pelos impactos provocados pela pandemia. 

A colaboração é outro pilar que sustenta esse ecossistema social-econômico-urbano, motivando a mudança de mindset, além de estabelecer a base de relação dos alunos entre si, com professores e com o próprio conhecimento. A escola, assim, não só forma seres humanos preparados para esse cenário em ebulição, como se torna o principal polo de inovação mais positiva e humana, voltada à inclusão social e tecnológica. E tudo isso não só é possível, como é urgente.

Existem formatos e práticas desenhadas para promover essas transformações. Juntos, vamos expor as diferentes perspectivas sobre a formação de cidadania colaborativa.

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