Como a DUXcoworkers tem atuado no desenvolvimento de negócios para transformação digital de Escolas, Shoppings, Coworkings, Bancos e outros.
Melina Alves, especialista em Design de Experiência (UX), consultora e fundadora da DUXcoworkers, em entrevista para InovaBra (18/09/ 2020), conta sobre a atuação da DUXcoworkers no cenário atual, e como tem impactado os serviços da consultoria.
Temos atuado na transformação digital a partir das relações humanas, culturais e de negócios, com foco na experiência do usuário nos diversos ambientes. No contexto da pandemia, essa relação ganhou força com o aumento de interações com os serviços de maneira remota. Alguns ambientes, estruturados em espaços físicos, tiveram que repensar sua forma de atuação, como escolas, coworkings e shopping centers. Estamos atuando na transformação desses negócios, operações e processos para espaços com UX, para que eles possam compreender seus objetivos como analogias aos de plataformas de interação. Identificamos que essas empresas com filosofia “real state” precisam reconstruir seus valores, expandir sua visão de negócio e atuar em diversos canais, para serem mais úteis como parte do ambiente digital de serviços. E nossa atuação não é só para os grandes: também estamos trabalhando com empreendedores e startups, por meio de um programa de residência no qual podem revisar canais, parcerias e escolherem suas plataformas de interação.
Como tem sido as interações no InovaBra Habitat? E de que forma os serviços beneficiam as startups e corporações habitantes?
Atuamos desde a formação do ecossistema do InovaBra com a intermediação das necessidades das corporações, explorando seu potencial de colaboração, evoluindo inovação em processos, serviços e produtos. Apoiamos por meio de workshops, palestras e promovendo insights para cocriação, design de experiência, design de serviço e proposta de valor, além de revisão de processos e governança. Também ofertamos às startups a possibilidade de evoluírem em UX com análise de usabilidade — o que tem sido pouco explorado, mas vejo com bastante utilidade para o setor. O objetivo da nossa parceria é promover cultura de inovação a partir do ecossistema InovaBra de maneira gratuita, com o objetivo de dar sequência ao trabalho com mais profundidade a partir de uma proposta específica para o porte e necessidade de cada empresa.
Experiência do usuário e outros elementos do design thinking são hoje fundamentais para a cultura de inovação. Pensando no futuro, qual é a relevância dessas e outras metodologias no cenário cada vez mais incerto e volátil?
O Design Thinking estabeleceu um compromisso com líderes globais de equilibrar a utilização de recursos. E a metodologia ganhou abrangência com a publicação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Sabemos que fundos de investimento externos não farão negócios com empresas que não atuem de maneira sustentável (do ponto de vista ambiental, mas também do socioeconômico). A era da extração sem planejamento e gestão de impacto chegou ao fim. Com a economia frágil e a escassez de recursos, os usuários não podem ser vistos apenas como consumidores e toda a cadeia de suporte aos negócios precisa ser considerada: colaboradores, fornecedores diretos e indiretos, consumidores ativos e futuros. O Design Thinking, assim como todas as metodologias que colocam o usuário no centro das decisões, tem como estratégia atuar de maneira holística e criar uma cultura de inovação equilibrada, colocando o exercício da empatia para permear as decisões. A experiência do outro ajuda a dar consistência nas relações entre marcas, serviços, tecnologia e economia e a diagnosticar seus impactos de médio e longo prazo na sociedade. Os produtos e serviços precisam ser criados para o bem do coletivo. Atuamos como advogados dos usuários em todas as esferas e fazemos permear essas informações para os decisores de tecnologia e de negócios.
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