Diálogos sobre IAs debate reflexões fundamentais para sociedade

Roda de conversa foi realizada com parceria da Inovabra e o Bradesco reunindo especialistas de diferentes áreas para abordar temas relevantes sobre uso de IAs com iniciativa da Consultoria DUXcoworkers e a Reset The Future

Confira nosso infográfico sobre o evento em um material especial criado para darmos continuidade aos temas levantados.

Infográfico Diálogos sobre IAs

Quem foram os participantes?

Diálogos com a sociedade, mesa composta plateia + Melina, Ricardo e Chico:

Melina Alves

Pesquisadora de comportamentos atrelados a respostas conforme experiência dos usuários em tecnologias atuais e emergentes, com ênfase de estudos apoiados em neurociência, avalia comportamentos e consequências das ações que produtos digitais podem provocar. E reflete sobre boas práticas que podem ser adotadas pelas empresas de tecnologia no uso de IA. 

Ricardo Caires

Coworker na DUX, engenheiro especializado em processos e tecnologias e doutorando em temas ligados à inovação, investiga como o Technostress afeta a produtividade. Em suas reflexões, destaca como o pensamento sistêmico pode orientar o desenvolvimento de algoritmos e inteligências artificiais para futuros mais equilibrados e saudáveis.

Chico Nunes

Coworker na DUX, Filósofo e Cientista Social, mediador, explora temas já vividos por nossa sociedade, causas e consequências, mediando a mesa de sociedade, na orientação de refletir com a Melina, o Ricardo Caires e os participantes, o comportamento em rede, e as consequências das atitudes provocadas por nossos impulsos. 

Oportunidades e Soluções, mesa composta plateia + Marcos, Rodrigo e Poliana.  

Prof. Marcos Silvestre

Economista, por anos cuida e apoia brasileiros das diversas classes econômicas a lidarem melhor com  seus sonhos, esclarecendo o uso dos produtos financeiros de um jeito simples, adequado para cada perfil de cliente. E o especialista em mercado financeiro e tecnologias emergentes, Investidor, Matemático e Empresário Rodrigo Hidalgo, fundador da Reset the Future e AWT Group, juntos, exploram oportunidades e soluções de IAs responsáveis, ou seja, que já estão preparadas para governança, LGPD e práticas de Open Finance e Open Investments para performarem plug and play no Mercado Financeiro. Com eles, Poliana Alves, sócia e coworker na DUX, especialista em Jurídico, complementa esta roda, representando o olhar jurídico do compliance contratual e de dados para complementar a roda, trazendo as dúvidas de quem não está no universo da tecnologia conectadas às diretrizes já desenhadas para a regulação do uso de inteligência artificial no Brasil.

Rodrigo Hidalgo

CEO da Reset the Future e da AWT Group, Economista, Matemático, escritor dos livros Orion – Fragmentos do Impossível e Ensinamentos Antigos para Investimentos Modernos, atuou em projetos de hard tech em Inteligência Artificial pioneiros no Brasil com  inteligência em dados e análises estatísticas para Mercado Financeiro, liderando equipes de desenvolvimento de APIs e microserviços hoje disponíveis na plataforma Reset the Future. 

Poliana Alves

Advogada, ex-coordenadora de tributário na Raízen, sócia consultiva na DUXcoworkers.com, atua como consultora independente em contratos e tributos. Com larga experiência no setor de Energia, ESG e Empreendedorismo, apoia empresas e empresários a adaptarem seus negócios para as novas regras das mudanças legislativas, especialmente no que tange a Reforma Tributária.

Como foi o evento

O clima da roda de conversa foi colaborativo com todos os presentes interessados em refletir sobre assuntos fundamentais em nossa sociedade sobre uso de inteligência artificial. As perguntas dos convidados guiaram o rumo das conversas com a interação de cada especialista respondendo a dúvidas. Dessa forma, foi promovida uma conexão e cruzamento de conhecimentos com todos contribuindo para responder.

Temas da roda de conversa

Eles ajudaram a responder importantes questionamentos sobre os rumos da tecnologia no mercado financeiro, como nos proteger de ataques cibernéticos, uso de IA de forma ética e segura, bem como a importância do LGPD.

Riscos de tomadas de decisões

Já pensou nos riscos de tomadas de decisões usando ChatGPT sem considerar suas alucinações e propagação de informações falsas? Um médico tomando decisões confiando cegamente nas informações da IA coloca vidas em risco. As perguntas para os especialistas foram derivadas das profissões: seria possível uma terapia com IA? Gostaríamos que não, na opinião dos especialistas, pois estaríamos isentando completamente a responsabilidade e a capacidade de interpretação de comportamento para a tecnologia, que é alimentada por diversos tipos de vieses. E para Design? Acreditamos que o Design sim,  no sentido de elemento estético, mas no sentido de concepção, forma e função a IA poderia ser aplicada não para a concepção de produtos, mas sim para a orientação dos profissionais em testar possibilidades e alternativas de soluções.

Regulamentação e proteção

Outros tópicos importantes como a referência do uso de blockchain como inovação tecnológica chegou para promover a soberania dos dados e o respeito da identidade digital. Porém, a IA segue em desvantagem neste âmbito quando comparada a segurança da informação da blockchain. Será que podemos aprender com a tecnologia Blockchain a governança de dados, também na relação com as IAs? Queremos fiscalizar e regulamentar as IAs a fim de proteger empresas e pessoas? Será que é possível identificar a origem do dado, implementar algo que possa proteger a identidade dos dados com a openIA em uma aplicação para evitar fraude de informações? 

Nos moldes onde as IAs estão fora do país, como promover a segurança corporativa, e também a soberania de dados com uso das IAs? Uma das soluções da Reset The Future e suas APIs sobre este tema seria rodar a IA, sem a necessidade de servidor ou trabalhar IAs dentro de servidores internos como a Zenit. Outra solução seria trabalhar com dados sintéticos, onde as IAs captam apenas o aprendizado e não o dado em si, protegendo os usuários e os desenvolvedores das questões regulatórias, conforme LGPD e outros caminhos ainda em debate.  

Segurança

Todos estes pontos são fundamentais e devem ser pensados por indivíduos e empresas. Nós adotamos a Inteligência Artificial no formato do GPT de maneira muito rápida, com isso a tecnologia ganhou espaço, pensar na suscetibilidade de dados e na soberania de dados brasileiros, hoje usados por empresas estrangeiras. Na roda de conversa foram levantadas questões em como o Brasil pode adotar postura regulatória e fomentar uma base tecnológica consistente.

Além disso, foram ampliados temas para mostrar como as empresas estão sendo punidas para proteção dos dados pessoais sob o ponto de vista jurídico, avaliando questões de soberania nacional.

 

Contexto jurídico sobre Diálogos sobre IAs realizado pela DUXcoworkers em parceria com a Reset The Future em evento da Inovabra

Contexto jurídico sobre Diálogos sobre IAs realizado pela DUXcoworkers em parceria com a Reset The Future em evento da Inovabra

Framework sobre Diálogos sobre IAs realizado pela DUXcoworkers em parceria com a Reset The Future em evento da Inovabra

Experiência do usuário

A conversa não parou nesses pontos e foi além refletindo em como podemos proteger a experiência do usuário. Como evitar que as empresas vejam as pessoas como commodities dando exemplo do mercado financeiro e possibilidade da democratização do uso de tecnologias.

Como podemos criar experiências baseadas em propósitos fomentando uma ótica de oportunidades, tirando a ótica pejorativa do dinheiro ser demonizado e evitando que os times de marketing e vendas usem fórmulas de encantamento sem obedecer regulamentos e estruturas.

O design calmo e responsável é uma saída para o contraponto do design gamificado e exaustivo que atualmente foi adotado. Os usuários, hoje afetados pelo excesso de tecnologia, não conseguem ter consciência das suas escolhas, nem mesmo pensam o impacto delas no futuro. Cabe aos especialistas trabalhar e instruir equipes para uma decisão mais consciente na concepção de jornadas de interação que não necessariamente precisam ser com base tecnológica.

Propriedade e pasteurização do conhecimento

A roda se encaminhou para o fim com disposição de todos, deixando questões fundamentais para o debate do uso desenfreado e impensado da IA com a existência do tecnofeudalismo, quando os homens mais ricos do mundo controlam dados e tecnologia.

Bem como a devastação do campo cultural dos últimos tempos com impactos negativos a serem colhidos.

Direitos autorais

Além de abordarem temas como violação de direitos autorais citando o exemplo mais recente do Studio Ghibli. O estilo do desenho masterizado por Hayao Miyazaki, que já declarou repúdio ao uso de IA, foi usado amplamente por todo mundo após o ChatGPT disponibilizar o uso.

Portanto, quando o uso massificado fere direitos autorais. Esse é um exemplo que inicialmente parece inofensivo, mas pode atingir interesses e pessoas com o uso não autorizado da arte e propriedade intelectual.

Problemas energéticos e disputas por minérios

Além dos problemas energéticos para alimentar os centros de dados, desmantelando o argumento da tecnologia ser limpa.

Outro tema importante é o da reflexão da disputa por minérios colocando os países em risco em detrimento dos interesses de grandes corporações causando golpes de estado e guerra civil. Dessa forma, expondo o lado cruel da sociedade em favor do avanço tecnológico. Será que vale a pena?

Technostress

O ambiente colaborativo seguiu até o fim quando o tempo se esgotou mostrando que a roda de conversa ainda tinha muito assunto para ser debatido.

Afinal de contas, uma sociedade baseada em tecnologia pode levar todos a um burnout com a necessidade de encontrar eixos positivos na sociedade para encontrarmos soluções.

Conclusões

Para concluir devemos encontrar uma identidade como nação, pois o Brasil possui tecnologias maravilhosas e os investidores precisam valorizar a tecnologia nacional.

Para quem está acostumado a sempre olhar exemplos internacionais, a DUXcoworkers convida a todos a olharem para as empresas nacionais.

A reflexão final é a de cultivarmos indivíduos questionadores e façam as perguntas certas para termos decisões orientadas com menos aceitação.

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