A Realidade Virtual não é mais aquele troço distante que a gente achava que que só veria nos filmes ou desenhos animados. Ela chegou e está logo ali, dobrando a esquina. É bom ficar atento e olhar bem ao redor antes de atravessar a rua – coisa que muita gente já está fazendo.
Estive no Festival Internacional de Linguagem Eletrônica de São Paulo 2018, o FILE, que rolou no Centro Cultural FIESP e vi essa galera lá. A óbvia e esperada predominância de um público jovem, entre os 12 e 20 e poucos anos, trouxe surpresas, pois ficou dúvidas que o interesse do público pela RV vai muito além dos games e diversões eletrônicas.
Quando a grana para a criação de “produtos” em RV for mais razoável e acessível a desenvolvedores e investidores, não faltará gente para consumir. Talvez aí, a necessidade será a da geração de conteúdo, ainda muito restrito ao mundo dos games e treinamentos – uma conversa boa pra outro dia, pra outro texto. O que posso dizer hoje, é que a Realidade Virtual, e mesmo a Aumentada, traz às pessoas algo que elas desejam desde que o mundo é mundo: a experimentação.
A possibilidade de a pessoa viver uma experiência, podendo participar da execução e da conquista dos resultados, é uma característica que o UX já identificou. A RV só vem confirmar a descoberta: as pessoas querem participar, querem viver o que consomem e sempre que possível, assumirem as rédeas da sua experiência.
Mais que o desafio tecnológico e financeiro para tornar a RV interessante e viável ao público, é pensar no poder dessa experimentação e suas diversas formas de aplicação. Coisa que o UX vem fazendo já há algum tempo.
Quem ainda não se ligou nesse movimento, sugiro que procure se informar e fique ligado em tudo o que está rolando ao seu redor. Ou correrá sérios riscos de ser atropelado.
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