Nandi acredita que o papel do Design é integrar percepções e provocar mudanças, e que o design é híbrido e está em toda parte. A palestra fala de inter-relações e interações do “design as” (design como), “design of” (design de) e “design for” (design para). E como os negócios e a tecnologia estão alinhados ao design, aumentando sua área de atuação com foco nas interações humano-humano.
Nandi começou sua palestra interagindo e empolgando a plateia com uma série de exercícios. Depois usou o exemplo do músico brasileiro Naná Vasconcellos, que consegue reger a plateia em seus shows, engajando-a de forma suave. Acredita que o design sempre começa com uma narrativa e se torna concreto com interações, sistemas, infraestruturas, experiências e histórias.
Nandi falou sobre a Associação do Design de Interação, IXDA (Interaction Design Association) e sobre as comemorações do dia mundial do design de interação (IXDD) ao redor do mundo no 25 de setembro de 2018 (World Interaction Design Day).
Também sobre o design estar sempre contando histórias, ou seja, a ligação do design com o storytelling. E que a missão do designer é entregar o melhor para a maior quantidade de pessoas, pelo menor custo possível.
Através da criação de suposições devemos gerar afinidade e reconhecimento nos sistemas que desenhamos.
Nandi ainda faz uma comparação do design com outras áreas do conhecimento, dando exemplos:
O fenômeno do estudo em cada cultura é:
Nas Ciências – o mundo natural;
Nas Humanidades – experiência humana;
No Design – o mundo artificial .
Os métodos apropriados em cada cultura são:
Nas Ciências – experimento controlado, classificação, análise;
Nas Humanidades – analogia, metáfora, avaliação;
No Design – modelagem, formação de padrões, síntese.
Os valores de cada cultura são
Nas Ciências – objetividade, racionalidade, neutralidade e preocupação com “verdade”;
Nas Humanidades: subjetividade, imaginação, compromisso e uma preocupação pela “justiça”;
No Design: praticidade, criatividade, empatia e uma preocupação com a “apropriação”.
Nandi também faz um tabela das regras do design, ou seja, com os campos de problemas e soluções de design (artes do design thinking):
Acredita que o design precisa:
– Conectar: pessoas e comunidades através da comunicação fácil;
– Romper: antigos padrões. Redesenhar um produto criando novos mercados, comportamentos e usos.
– Empoderar: Ajudando pessoas a fazer coisas que não poderiam fazer de outra forma.
– Engajar: Capturando atenção, dando prazer e criando significado.
– Expressar: Possibilitando a auto-expressão e a criatividade
– Otimizar: Trazendo mais eficiência às atividades diárias.
Devemos prever e antecipar. Realizar mudanças que façam sentido para as pessoas.